Quando os livros foram à guerra: Histórias que ajudaram os aliados a vencer a Segunda Guerra Mundial
Molly Guptill Manning – 272 páginas – ISBN: 978-85-7734-562-5 – Tradução de Rosania Mazzuchelli, Casa da Palavra
Em 1941, quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, enfrentaram um inimigo que tinha proibido e queimado mais de 100 milhões de livros e forçado cidadãos aterrorizados a esconder ou destruir muitos outros. Estava claro de que se tratava de uma guerra que ia muito além das trincheiras e, para vencê-la, seria necessário recorrer à força das palavras…
já dá para se apaixonar né?
E para alguém que ama livros sobre livros então… comprei-o-o 🙂
A autora traz uma boa introdução sobre a destruição de milhares de livros, em Berlim, em maio de 1933, bem como discorre sobre o dia a dia dos soldados americanos durante a II Guerra Mundial, inclusive daqueles isolados em ilhas no Pacífico ou no norte da África, o que nos ajuda a entender porque esses livros foram tão importantes e trouxeram tanto conforto para estes heróis!
Devo confessar que achei um pouco confuso o vai e vem de datas em alguns capítulos, mas nada que desencorajasse a continuar.
Muito interessante, e curioso, o trabalho e ações de bibliotecários; bem como os erros nas primeiras campanhas de arrecadação de livros – em que não se pensou na necessidade de solicitar títulos apropriados para jovens que prestavam o serviço militar e, assim, evitar que recebessem obras sobre: Avaliação de um coveiro; Como tricotar, Filosofia em 1870, dentre outros 🙂
Foi fascinante entender como se deu a criação da ASE – Armed Services Editions, as dificuldades enfrentadas nas diversas etapas para se chegar a um programa ideal de impressão, a seleção de obras, quantidade e custos para a criação dos livros “de bolso”, os quais acabaram por revolucionar o processo da indústria editorial.
O maior desafio, além de uma boa seleção de títulos, era a produção de livros que fossem pequenos e leves para que os soldados conseguissem carregar em seus bolsos e mochilas, pois alguns soldados acabavam pesando por volta de 135 quilos quando juntavam seus pertences e equipamentos e, adicionando a isso os desconfortos, perigos e pressões da guerra, era um fardo brutal para se carregar!
Os livros da ASE eram tão disputados quanto barras de chocolates e cigarros. Eles se tornaram uma inspiração, conforto e uma agradável companhia para horas aguardando um desembarque, nos postos isolados no norte da África, nos longos dias a bordo dos navios rumo ao Pacífico e mesmo durante a recuperação nos hospitais.
Os vários relatos dos soldados sobre como os livros os ajudaram a minimizar a ansiedade das longas esperas, a saudade de casa e ainda como contribuíram para elevar seu moral é emocionante!
Correspondência recebida pelo autor Leo Rosten (Leonard Q. Ross) cujo livro “The Education of H*Y*M*A*N K*A*P*L*A*N”, foi o primeiro título publicado pela ASE.
Calcula-se que tenham sido destruídos mais de 100 milhões de livros durante a guerra, porém mais de 123 milhões de livros foram publicados pela ASE… embora as perdas tenham sido enormes e inesquecíveis, ainda bem que os livros também venceram 🙂
Espero que tenham gostado da sugestão e caso conheçam algum “livro sobre livros” não deixem de me indicar okay?
Vale ler também:
Farenheit 451 – Ray Bradbury
Que ótima dica amiga ! Acho que esse o mo vai ler … Primeiro eu claro! Rssrs
Oi Dri é bem legal mesmo e… esta às ordens 🙂
Show! Vamos ler!!!!! Abs
é bem legal Lu 🙂